domingo, janeiro 04, 2009

Jukebox '09

A dose, colocando em xeque uma portadora de uma neurosezinha monstruosinha, em momento algum sacia. Nunca absorve ou é metamorfoseada enfim. Mas é chegada a hora que pumba!, acabou, não desce, estancou, não cai profundo, vira losango. Outrora a faixa imperturbavelmente no repeat, como também aquela cena estúpida: desenrola-se o vivido e o contrário disto na grama primaveril do hipocampo enquanto as pálpebras alongadas e o corpo todo brincando de morrer hollywoodimente na cama - tipo videoclipe barato das paradas, tipo película de qualquer sessão cinéfila pós-almoço. Agora a maldita faixa atinge o incorpóreo da fúria, incluindo cabelos & sobrancelhas arrancadas, náusea sartreana, bulimia se escutada após o meio-dia, principalmente no domingo. Não sei se foi o fantasma natalino, calendário mudando o cenário, o mar & o céu azul nordestino, mas a melodia riscada no disco ficou insossa junto ao processo teatral de apaixonite aguda. A dose que ritmava o cérebro já não combina nem com o balcão do bar. Muito menos com a bêbada atrás dele. Põe tudo na conta, Seo Sergim.