quinta-feira, julho 09, 2009

Envelope eletrônico para Luís Lima

"melhor viver, meu bem, pois há algum lugar em que o sol brilha pra você
chorar, sorrir também e dançar... dançar na chuva quando a chuva vem"
Cordão umbilical une a certeza de almas para sempre. E, sabe, acho que temos, você e eu, coração-bilical. Ou algo que o valha e que sirva pra dizer sobre a posse de um 'coiso' que pulsa a mesma alegria de viver e de morrer & todos os outros fundos dos mundos. Meu grande pequeno Lu de lua e Lu de luz, tão energia pululante, tão crescente, tão minguante, tão cheio, tão novo (& velho). O Lu do aniversário de dezessete anos que eu deixei pra lá pra me desculpar os pecados indo à aula que de nada valia. Nem nunca valeu pois sempre o que vale é o que é capaz de entrar em sintonia. E tudo volta pra ti e pra mim. É sintonia incrível num universo paralelo do Tim. Sim, sintonia sem fim: assim - quase indecifrável e quase indescritível se não fôssemos poetas. Não obstante, já que o somos, inventamos além do que no real cabe pois sabemos que nunca suportaremos o que cabe tímido nas horas, nos ternos, nas imagens em movimento. Caber o que foge os sentidos nos é destino desde que ser é sendo e que sendo acabamos no somos do cosmos. O que quero que teus olhos me aconteçam como ponte para o surrealismo do teu aparelho pensante & almístico é justamente que o amor que você, neste exato instante, caminha com os teus 360º das pupilas é muito maior aqui - de célula em célula - sendo, quando ele só é. Por isso, peço - escorregando em gotas - que não pare a dança. Que exista nos mesmos quatro céus que o meu grito rebelde porque desse modo posso com a fossa sul-matogrossense (essa faz rima, ironia!, com circense), paulista, curitibana, pré-parisiense.
(te amo tanto que só dói porque é bonito em covardia - de tão muito, assaz e em demasia)