sexta-feira, setembro 12, 2008

A junkie romance

Provocada a inconfidência do mal-do-século ao lamber o teu vômito sinestésico para delirar a minha saliva de tanto Joãos e Marias – ou as Joanas -, despertar-te a manhã seca derramando Southern Comfort nos teus lábios. Te comprar o mundo travestido em uísques & vinhos mediadores do nosso rock em all night long. Te consertar o nítido desenhando formas geométricas no teu ventre satírico. A psicodelia de divergir o fim dos heróis folhetinescos na sonoplastia das nossas palmas soerguendo o welcome teatral à nossa morte imatura. Corroer a tua nuca romântica com versos que explicam a guerra entre os mortais e a via láctea dos que se drogam de vida em demasia. Te banhar em água etílica o teu órgão máximo do prazer, te flutuar a madrugada libertina limpando as unhas de uma fuga em pés descalços, te acender o cigarro maldito e te ascender o trono dos meus corações selvagens, te cultuar a rebeldia consentindo a causa tépida de existir sem custódia familiar, te crivar os ópios de cair em tentação, invadir o diáfano e amar em vão. Te beijar a confusão dos baralhos eficientes no que cisma o tempo em seus pseudônimos. Te dar nomes a cada sobriedade anoitecida, te jurar o eterno sórdido no sótão d’alma, te casar a inconstância de pertencer on the road dentro aos valores utópicos. Isso tudo para te vaguear o culto aos gritos num uníssono a dois e mais toda a religiosidade de se prolongar na prosa de outrem.